sábado, 30 de agosto de 2008





HISTÓRIA DA MÚSICA

Registro não encontrado.
Por Ray Hughes

Nos primeiros três séculos, os cristãos primitivos tinham de realizar seus cultos de adoração em secreto, pois podiam até ser mortos por adorarem a qualquer outro deus a não ser Júpiter e os outros deuses romanos. Os cristãos não faziam parte da classe rica e influente da sua época. Eram apenas pessoas simples e humildes que abraçavam com todo o coração os ensinamentos de Jesus.

Não possuíam belos palácios para a realização de seus cultos. Como tinham de esconder-se dos romanos, adoravam em locais escuros e secretos e não usavam instrumentos musicais a fim de não chamar a atenção do inimigo. Desnecessário é dizer, portanto, que era uma época na história em que a música mal conseguia sobreviver. Do que se pode constatar, os cristãos primitivos entoavam seus cânticos num estilo monódico e sem ritmo, muito semelhante ao dos judeus, quando cantavam salmos na sinagoga.

Apesar de toda essa dificuldade e da falta de espaço para se desenvolverem nessa área, os cristãos primitivos tiveram uma oportunidade singular de demonstrar publicamente o valor e o poder da adoração a Deus em cânticos.

Como é de conhecimento comum, os imperadores freqüentemente lançavam cristãos às feras para servir de entretenimento para os romanos e para tentar exterminar a igreja. Enquanto os leões invadiam a arena para devorá-los, os cristãos permaneciam firmes e levantavam as vozes em louvores ao seu Deus. Esses cânticos eram tão fortes e ungidos que o violento rugido da multidão, ansiosa para ver o espetáculo sanguinário, se calava a fim de se ouvir a letra.

Vez após vez, preparava-se o espetáculo e os cristãos eram jogados aos leões, mas aquele cântico que liberavam juntos antes da morte, criava uma cena tão espantosamente comovente que a platéia bárbara simplesmente perdia o senso de vitória e esporte.

Com o passar do tempo, imperadores como Constantino foram tirando a pena de prisão e morte daqueles que criam em Jesus. O poder da adoração havia vencido as forças da barbárie e da tirania.

Na Idade Média

Durante grande parte da história, a igreja tem demonstrado insensibilidade para as necessidades do povo comum e da sua expressão cultural - chegando até mesmo a resistir agressivamente a estas expressões tradicionais.

Por exemplo, por muitos anos a igreja defendia a idéia de que o violino (ou sua versão mais antiga e popular, a rabeca) era a caixa do diabo. Assim, tirando os instrumentos das mãos dos músicos e excluindo-os da igreja, a música foi praticamente perdida no culto a Deus. Passaram-se centenas de anos num período que se pode chamar a Idade Escura da Música. Imensos órgãos ocupavam grandes espaços nos templos e catedrais e substituíam todos os demais instrumentos. Com apenas uma enorme máquina musical que sozinha produzia o som de uma orquestra, não havia necessidade de tolerar as mesquinharias e ultra-sensibilidades de toda uma equipe musical.

Como resultado, surgiu uma classe de pessoas no século XI, conhecidas como goliardos, constituída de sacerdotes expulsos da Igreja, trovadores e poetas-profetas, que andavam de um lugar para outro, cantando e expondo a hipocrisia e o pecado da Igreja. Na Igreja, só ficaram os tons monótonos do cantochão litúrgico, que excluíam toda e qualquer expressão criativa do coração do povo de Deus. O culto agora nada mais era do que líderes cantarolando e causando sonolência a Deus e ao seu povo.

Nesse período, o coração e a música de guerreiro se perderam, como também a criatividade da expressão individual. De modo semelhante, a idéia que se criou do céu é de um lugar etéreo, onde as pessoas passarão milhares de anos entediados, cantando "Senhor, Kumbayah" (termo de origem incerta que faz parte de uma música negro spiritual e que significa "venha por aqui").

A verdade é muito diferente disto. Se nos basearmos na complacência e insipidez apática de alguns tipos de música religiosa para obtermos um gosto da vida celestial, teremos de concordar que será uma infindável monotonia. Entretanto, nas Escrituras vemos um quadro do céu totalmente diferente. Encontramos grande regozijo, louvor ensurdecedor, harpistas tocando, hosanas, aleluias, e vozes exaltadas. Só há 30 minutos de silêncio na eternidade do céu, e isto só para os anjos poderem tomar fôlego. Em seguida, recomeçam com toda sua força por mais mil anos e toda a criação une sua voz a eles numa tremenda rajada de som. Dá para ver que no céu haverá muito barulho!

Agora compreendo que nunca será tedioso no céu porque criatividade ilimitada está na própria natureza de Deus. A cada "hora", Deus revelará uma nova dimensão da sua natureza que nunca havíamos compreendido no nível terreno. Haverá emoção e suspense constante.

Veja Apocalipse 4. Todos aqueles que estão perto do trono de Deus até parecem estar meio atordoados. Só conseguem dizer: "Santo, santo, santo" (v. 8). Cada vez que contemplam um novo aspecto da natureza de Deus, a única coisa que conseguem dizer é "Santo". Cada "santo" tem um significado completamente novo. É uma reação diferente a algo novo que estão enxergando. Durante toda a eternidade, Deus estará continuamente revelando algo novo da sua natureza que nos pasmará e nos motivará a louvar e adorá-lo. Estou dizendo: Não tem como existir tédio lá!

Extraído e traduzido do livro "Sound of Heaven, Symphony of Earth" (Som do Céu, Sinfonia da Terra"), de Ray Hughes, MorningStar Publications.

Fonte: Revista Impacto

Santificação
Por Nívea Soares

Estes tem sido dias em que as palavras de Jesus têm se cumprido quando diz :"É impossível que não venham os escândalos, mas ai daquele por quem vierem! Melhor lhe fora que pusessem ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequeninos"(Lucas 17:1 e 2). Muitas notícias difíceis de ouvir chegam até nós. Líderes que caíram, pessoas que mentiram, roubaram, enganaram, traíram. O Senhor é santo. Mas onde está a santidade no meio do povo de Deus? E entre os que ministram ao povo? Onde está o caráter de Cristo sendo formado em nós como igreja? Mas nem todo o que parece trigo é trigo.

Estereótipos de perfeição enchem os nossos olhos de expectativas, e nossos ouvidos de idéias "positivas" que mais têm a ver com o humanismo do que com o evangelho de Jesus. São tão politicamente corretos que parecem ser sobre-humanos. Figuras de uma perfeição inalcançável. Gente que de tão "perfeita", parece que não é gente. Parece que não precisa de ninguém. Parece que não precisa nem de Jesus. Já é perfeito. Não precisa da graça.

Diante disso é importante que nos lembremos das palavras escritas em I João 1:8 a 9 que nos diz:"Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo (a Deus) mentiroso, e a sua palavra não está em nós". Estamos em Cristo e nossa vida está oculta N'Ele. Somos parte do Seu corpo, Sua igreja. Mas ainda não somos perfeitos, estamos sendo aperfeiçoados pela ação do Espírito Santo de Deus que nos guia a toda verdade. Ainda existe uma carne a ser vencida e pregada na cruz a cada dia. Somos falhos e dependentes da graça e da misericórdia de Deus.

A santificação não está em usar uma capa de perfeição diante das pessoas e diante de Deus, mas está em admitir que erramos e que carecemos do sangue de Jesus sobre nós. É Ele quem nos torna perfeitos, Ele é a nossa justificação, e não os nossos dons e méritos. Precisamos de santidade e ela está na cruz. Quando escolhemos morrer para nós mesmos, para nossa carne, nossa vontade. A santidade está quando escolhemos fugir do pecado ao invés de brincarmos com ele. A santidade está em Jesus. Ele é santo e é para Ele que precisamos correr. N'Ele está a salvação, o perdão e a transformação genuína do ser humano. Quando andamos com Ele aprendemos a ser gente de verdade. Aprendemos a amar o próximo como a nós mesmos, aprendemos que não podemos viver sem Ele. Não somos nada sem Ele.

Nesses dias de confusão onde tantos escândalos e falsas doutrinas têm aparecido, chego a uma só conclusão: Deixemos de lado nossas capas e máscaras enfeitadas e corramos para Jesus, corramos para a Sua cruz, com nossos rostos e nossas vidas descobertas diante D'Ele. Humilhemo-nos diante D'Ele para que Sua graça nos cubra. Que sejamos sinceros uns para com os outros e oremos uns pelos outros para que a cura do Senhor venha apressadamente sobre nós.

Vamos orar e jejuar para que o Senhor levante novamente a voz profética em Sua igreja; para que os mestres da palavra de Deus tomem os púlpitos para ensinar a verdade de Jesus; para que pastores segundo o coração do Senhor, zelosos pelas ovelhas, desinteressados pela política desse mundo sejam erguidos nestes dias; para que o verdadeiro ministério apostólico saia das salas de discussões e entre em ação pelo Espírito Santo, restabelecendo os fundamentos da igreja cristã; para que os evangelistas verdadeiramente interessados no Reino de Deus abram suas bocas com poder e autoridade, atraindo os perdidos, os desviados de volta para o caminho da cruz. Vamos nos humilhar e pedir ao Senhor que nos livre de sermos motivo de escândalo para os pequeninos. Vamos para a cruz. Lá é o nosso lugar seguro. Lá alcançamos graça. Lá somos santificados. Vamos olhar para Jesus!

Em Cristo
Nívea.
niveasoares.com